O Benfica iniciou a nova época sem qualquer jogador brasileiro no plantel principal, algo inédito em mais de quatro décadas. A decisão marca o fim de uma ligação histórica… e pode abrir espaço para o Sporting tirar partido da mudança.
Durante 41 anos consecutivos, o Brasil foi presença constante no balneário encarnado. Desde Jorge Gomes, em 1979, até Arthur Cabral, que partiu recentemente para o Botafogo, as águias sempre contaram com pelo menos um representante ‘canarinho’ no plantel principal. Agora, pela primeira vez desde 1983/84, a ligação foi cortada.
A saída de Arthur Cabral, depois de nomes como Luisão, Jonas, Ramires ou David Luiz terem feito história na Luz, encerra um ciclo que moldou parte da identidade do clube. A época 2009/10, com Jorge Jesus ao leme, chegou a contar com 13 brasileiros, um número recorde.
O desaparecimento dessa ponte Brasil-Benfica pode ter consequências no mercado de transferências, já que o clube deixa de estar tão presente no radar de empresários brasileiros. Fontes próximas do Sporting garantem que o clube de Alvalade está atento à situação, vendo aí uma oportunidade para reforçar a sua própria rede de prospeção no Brasil e ganhar vantagem sobre o rival direto.
Para já, o Benfica aposta na formação e no recrutamento europeu, mas a decisão levanta questões: será que abdicar do mercado brasileiro é estratégico… ou arriscado?