O FC Porto viveu um sábado marcado por forte tensão interna e decisões pesadas. As expulsões de Vítor Aleixo e Vítor Catão de sócios do clube foram oficialmente confirmadas, depois de ambos terem falhado a Assembleia Geral onde os seus recursos seriam apreciados. A ausência sem justificação ditou o fim imediato das possibilidades de defesa no âmbito interno, deixando agora apenas uma porta aberta: a via judicial.
A decisão, já polémica antes mesmo da reunião, ganha ainda mais impacto pela ligação dos dois nomes à Operação Pretoriano, processo que abalou a estrutura de apoio organizada do clube. Sem presença na AG e impossibilitados de se justificarem perante os associados, os pontos referentes aos seus recursos foram retirados de votação, permitindo que a expulsão avançasse sem contestação.
Outro caso sensível é o de Fernando Madureira, ex-líder dos Super Dragões, que permanece preso após condenação a três anos e nove meses de prisão. Por não poder marcar presença, o seu recurso não foi sequer analisado. Já Sandra Madureira foi a única a comparecer, usando os 20 minutos de defesa para apelar ao coração dos sócios com uma frase que marcou o momento: «Só tenho duas certezas: que vou morrer e que vou morrer portista.»
A decisão final sobre o seu caso será anunciada depois das 19h, quando forem encerradas as votações, aumentando a expectativa e a tensão entre os associados.
Esta Assembleia Geral, acompanhada ao detalhe pelos adeptos, mostrou um FC Porto em plena fase de reestruturação disciplinar, com decisões duras que prometem gerar discussão durante os próximos dias. O clima no Dragão está longe de ser tranquilo, e as repercussões destas expulsões certamente continuarão a marcar o ambiente portista.