O clássico entre Sporting e FC Porto, marcado para este sábado à noite em Alvalade, ganha ainda mais interesse quando analisamos os números de expulsões nos últimos anos. Francesco Farioli, treinador dos dragões, lançou recentemente a provocação ao destacar que «nos últimos jogos, foi difícil ver os adversários com 11 diante do Sporting», referindo-se às várias situações em que equipas jogaram em inferioridade numérica contra os leões.
Um levantamento detalhado desde a chegada de Rui Borges ao comando do Sporting mostra que os leões sofreram sete expulsões em 23 jogos, enquanto o FC Porto registou quatro. Mas quando olhamos para os adversários, os números revelam que os oponentes do Sporting viram sete jogadores expulsos, enquanto os adversários do FC Porto somaram oito. Estes dados indicam que, embora ambos os clubes tenham enfrentado desafios disciplinares, os dragões tiveram ligeira vantagem em situações de superioridade numérica ao longo das partidas.
A análise exclusiva a clássicos evidencia ainda uma diferença significativa: nos últimos 13 confrontos em Alvalade, o Sporting viu dez dos seus jogadores serem expulsos, enquanto o FC Porto registou apenas duas expulsões. Já nas partidas do Sporting no Dragão, nos últimos quatro encontros, cinco jogadores leoninos foram afastados do campo. Estes números mostram que o histórico de cartões vermelhos pode influenciar não só a estratégia das equipas, mas também a preparação mental e tática para o confronto deste fim de semana.
Observando as últimas cinco temporadas da Liga, os minutos jogados em superioridade numérica mostram um panorama equilibrado, mas ligeiramente favorável ao FC Porto: em 2020/21, os dragões estiveram 46 minutos a mais com um jogador extra; na temporada seguinte, o número saltou para 432 minutos. Em 2022/23, o Sporting recuperou parte da vantagem com 42 minutos a mais; em 2023/24, novamente os leões estiveram em superioridade; mas na época passada, 2024/25, o FC Porto superou o Sporting por 238 minutos. No total, os azuis e brancos acumularam 758 minutos em superioridade numérica a mais que os leões nos últimos cinco anos.
Estes dados reforçam a ideia de que o clássico não é apenas uma batalha de talento e estratégia, mas também de disciplina e controlo emocional. Para Rui Borges e Francesco Farioli, compreender este histórico será crucial para preparar as equipas e tentar tirar vantagem de qualquer situação de inferioridade ou superioridade numérica durante o jogo.