O Benfica precisou de apenas seis minutos para incendiar a Johan Cruyff Arena — e o autor da explosão foi Samuel Dahl. Num momento de pura potência e precisão, o lateral sueco aproveitou uma sobra após defesa de Jaros e disparou um verdadeiro míssil que só terminou no fundo das redes. Um golo que deixou o estádio em silêncio e os adeptos encarnados em delírio.
A jogada nasceu de um canto bem trabalhado, com Richard Ríos a obrigar o guarda-redes neerlandês a uma intervenção difícil. Porém, a bola caiu nos pés de Dahl, que não hesitou: carregou o pé direito e rematou sem pedir licença. A bola saiu como uma flecha, indefensável, inaugurando o marcador e dando ao Benfica o início perfeito num jogo que tinha tudo para ser de alta pressão.
Com este golo, Dahl soma já o seu segundo tento com a camisola encarnada, reforçando o peso crescente que tem ganho nas escolhas de José Mourinho. O Benfica, pressionado pela necessidade urgente de conquistar três pontos para se manter vivo na Champions, encontrou no sueco a faísca ideal para começar a construir uma noite que pode ser crucial na temporada europeia das águias.
O Ajax, combalido e fragilizado pelos maus resultados, viu-se obrigado a reagir, mas o Benfica manteve intensidade e foco, circulando a bola com maturidade e aproveitando a instabilidade defensiva dos neerlandeses. Mourinho, do banco, pedia concentração total e agressividade nas transições, consciente de que este era — talvez — o jogo mais acessível desta fase, mas também aquele onde o erro seria imperdoável.