O FC Porto venceu o Estrela Vermelha por 2-1, em jogo da Liga Europa, mas a arbitragem voltou a estar no centro das atenções. Apesar de alguns momentos de grande qualidade técnica, a polémica instalou-se quando Marko Arnautovic escapou a uma expulsão direta na primeira parte.
De acordo com a análise do especialista Pedro Henriques, o austríaco agrediu um adversário com uma cotovelada no rosto, gesto considerado deliberado e violento, que deixou o defesa dos dragões a sangrar. Para o antigo árbitro, não restavam dúvidas: “Foi uma ação com malícia, completamente fora do lance da bola e que punha em risco a integridade física do adversário. O correto teria sido cartão vermelho direto”.
O VAR, porém, não interveio – e aqui está o grande foco da polémica. “Os lances de conduta violenta fazem parte do protocolo de intervenção do vídeo-árbitro, mas neste caso ficou a sensação de que o apoio falhou”, acrescentou Pedro Henriques, sublinhando que este erro disciplinar manchou uma exibição globalmente positiva do juiz da partida.
Ainda assim, o encontro não foi apenas polémica. O árbitro esteve bem em dois momentos cruciais: o penálti assinalado a favor do FC Porto foi corretamente decidido e a lei da vantagem que permitiu o golo da vitória de Rodrigo Mora foi elogiada como exemplo de boa aplicação das regras.
Mas, no rescaldo, o que mais fica para discussão é a sensação de que o Dragão assistiu a um momento que podia ter mudado por completo o rumo do jogo. A não expulsão de Arnautovic será certamente tema de conversa durante toda a semana, com adeptos rivais já a reagirem nas redes sociais e a apontarem o dedo ao que consideram ser um “perdão escandaloso”.