O tão aguardado regresso de José Mourinho ao Benfica está a revelar-se bem mais complicado do que os adeptos esperavam. A lua de mel acabou cedo: depois de um arranque titubeante, as águias já estão atrás do Sporting e a quatro pontos do FC Porto.

 

Mourinho entrou forte fora das quatro linhas, conquistando a nação benfiquista nos discursos de apresentação. Mas dentro de campo, os problemas parecem ser maiores do que o previsto. O Benfica apresenta uma clara falta de identidade, começa os jogos a passo e transmite confiança aos adversários — algo que Porto e Sporting não perdoam.

Apesar de mais de 100 milhões gastos no mercado, os encarnados continuam a dar sinais de desequilíbrio no plantel. Aursnes voltou a ser “tapa-buracos” na lateral-esquerda, enquanto a criatividade no ataque é curta e previsível. Nem as apostas de Mourinho em Ivanovic como falso extremo ou em Sudakov pelo meio conseguiram esconder as fragilidades.

Na Luz, contra o Rio Ave, a história repetiu-se: uma primeira parte cinzenta, uma segunda parte mais rápida e perigosa, mas com falhas fatais de concentração. O Benfica chegou a estar perto da vitória, mas acabou a sofrer um empate que deixou a Luz em ebulição.

O clássico no Dragão já espreita no horizonte e pode ser decisivo: uma derrota pode empurrar o Benfica para sete pontos de distância do líder. E, com as eleições a apenas um mês, o “Special One” arrisca-se a ficar debaixo de uma tempestade bem antes do previsto.

By Paulo

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