A polémica do penálti assinalado a António Silva no Benfica–Casa Pia continua a fazer eco na Luz e José Mourinho voltou a incendiar o debate. Duas semanas depois do jogo, o treinador não escondeu a frustração com o lance que originou o autogolo de Tomás Araújo e mais dois pontos perdidos na Liga Portugal.

Duarte Gomes, diretor técnico de arbitragem da FPF, já havia assumido que o lance foi mal decidido… mas defendeu que o VAR não poderia intervir. Uma posição que Mourinho rejeitou por completo, questionando o propósito da tecnologia: «Se o VAR não pode interferir quando há um erro daquela dimensão, o que é que o VAR faz?».

A reação do técnico encarnado reacendeu a discussão: afinal, o que é considerado um “erro claro e óbvio”? E como se justifica que um contacto de bola no braço seja visto como penálti num jogo… e ignorado noutro, com lances praticamente idênticos?

O caso tem dividido especialistas, comentadores e adeptos. Se, por um lado, a lei 12 refere que o árbitro deve interpretar se o toque é deliberado, por outro, várias instruções recentes apontam para critérios específicos que parecem não ter sido seguidos.

Para Mourinho, e para muitos adeptos do Benfica, a interpretação do lance ultrapassa o limite da subjetividade — trata-se de um erro evidente que deveria ter sido corrigido.

A verdade é que a incoerência entre decisões semelhantes alimenta a revolta na Luz, aumenta a desconfiança na arbitragem e deixa a sensação de que o VAR, em vez de trazer clareza, está a levantar ainda mais dúvidas.

Resta saber como esta nova explosão de Mourinho será recebida pelo Conselho de Arbitragem… e se terá impacto nos próximos jogos dos encarnados.

By Paulo

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