A confirmação da lesão grave de Dodi Lukebakio caiu como uma bomba no Benfica e deixou José Mourinho com uma dor de cabeça gigante. O extremo belga fraturou o tornozelo ao serviço da seleção, será operado e só deverá regressar dentro de três meses — um golpe pesado num plantel que já vinha a lutar com várias baixas.
A urgência é agora total. A estrutura liderada por Rui Costa e Mário Branco já preparava a chegada de um extremo em janeiro, mas a situação muda tudo: o Benfica vai ao mercado em força e pode mesmo contratar dois extremos. A tudo isto junta-se a busca por um avançado com características diferentes das de Pavlidis e Ivanovic, numa altura em que o croata continua sem convencer.
O regresso de Rafa volta a ganhar força. O avançado está em conflito com o Besiktas e pode deixar a Turquia a custo zero — única condição que as águias aceitam negociar. Um cenário que, agora, ganha contornos muito reais.
Até janeiro, Mourinho tem de gerir o plantel com pinças. As alas ficam reduzidas a Schjelderup e Prestianni, com adaptações de Aursnes e Sudakov a servirem como soluções de recurso. Com uma série de jogos de alto risco pela frente — Taça, Liga dos Campeões, dérbi e confrontos decisivos na Liga — o treinador enfrenta um dos períodos mais desafiantes desde que chegou à Luz.
O Benfica entra numa fase em que cada decisão pesa, e a forma como o clube reagir a esta avalanche de problemas pode definir toda a época.