O Benfica chega a Amesterdão pressionado como nunca. Após um arranque desastroso na fase de grupos da Liga dos Campeões, os encarnados enfrentam o Ajax num jogo que não admite falhas: é ganhar… ou quase dizer adeus à possibilidade de continuar a sonhar com os ‘play-offs’.
José Mourinho sabe que a sua equipa precisa de uma prova de vida clara. Com quatro derrotas nas primeiras jornadas — contra Qarabag, Chelsea, Newcastle e Leverkusen —, a moral está abalada, mas a esperança mantém-se. Na Johan Cruyff Arena, estádio histórico mas tradicionalmente difícil para o Benfica, Mourinho promete sangue, suor e glória.
A tarefa é clara: capitalizar as fragilidades de um Ajax em crise. Os neerlandeses ainda não somaram pontos nesta edição da Champions, têm o pior ataque e a pior defesa, e atravessam um momento turbulento na Eredivisie. Para os encarnados, esta é a oportunidade perfeita de inverter a tendência e mostrar que estão vivos na competição europeia.
No capítulo das ausências, a lesão de Lukebakio força o treinador português a mexer no ataque. Mas há boas notícias: Manu Silva, médio-defensivo que regressa após 290 dias parado por lesão, estará disponível para reforçar o meio-campo. Leandro Barreiro, que tem sido peça chave no corredor central, poderá também ganhar mais protagonismo, jogando atrás do homem-golo Pavlidis.
A estratégia de Mourinho promete ser ofensiva, mas calculada. A linha defensiva deve manter-se sólida, enquanto o meio-campo ganha criatividade e intensidade para explorar as fragilidades do adversário. O objetivo é claro: três pontos, um triunfo que devolva confiança à equipa e acenda novamente a chama da Champions para o Benfica.
Para os adeptos encarnados, o recado é direto: esta noite não há espaço para hesitações. Cada passe, cada remate, cada bola dividida será decisiva. Mourinho exige sangue e glória, e os jogadores sabem que o dever de lutar até ao último minuto é mais do que uma obrigação — é uma necessidade para manter viva a esperança europeia.