José Mourinho estreou-se oficialmente no banco do Benfica e logo com uma vitória sólida: 3-0 frente ao Aves SAD. Mais do que o resultado, a primeira partida do treinador trouxe sinais claros de transformação tática e agressividade, exatamente como prometido na apresentação.
Na primeira parte, Mourinho implementou mudanças subtis, a chamada “teoria do dedo”: apenas o “mindinho” entrou em ação. Schjelderup substituiu Ivanovic, e Barrenechea recuou ligeiramente, convertendo o tradicional 4x2x3x1 de Bruno Lage num 4x1x3x2. O Benfica teve uma primeira metade intermitente, sem grande fluidez, mas conseguiu chegar ao intervalo com vantagem de 1-0 graças a Georgiy Sudakov, que inaugurou o marcador com um remate certeiro após recarga de Pavlidis.
Na segunda parte, Mourinho acrescentou “polegar e indicador” – a equipa subiu em agressividade e intensidade ofensiva. Pavlidis ampliou para 2-0 de penálti, depois de falta sobre Otamendi, e Ivanovic fechou o resultado em 3-0 com um remate certeiro. Durante o jogo, Mourinho continuou a variar os sistemas táticos, alternando entre 4x1x3x2, 4x2x3x1 e até 4x4x2, explorando os pontos fortes dos jogadores e mantendo a equipa imprevisível para o adversário.
O Aves SAD não se intimidou e tentou criar perigo, mas o Benfica mostrou-se mais sólido, eficiente e dinâmico à medida que Mourinho ia ajustando a equipa. A estreia serviu para deixar claros sinais da identidade que o treinador pretende imprimir: um Benfica agressivo, intenso e com maior variabilidade tática.
Com este triunfo, Mourinho inicia a sua passagem pelo Benfica com confiança, estratégia e resultados, deixando os adeptos motivados e a perceber que esta equipa poderá ser bem diferente das anteriores em termos de intensidade e capacidade de “morder” os adversários.