José Mourinho voltou a incendiar o futebol português. De forma inesperada, o treinador do Benfica afirmou que o clube tem “uma Taça de Portugal a menos do que devia ter” — uma frase que deixou muitos adeptos em choque, especialmente porque, em 2004, dizia exatamente o contrário.

Sim, Mourinho mudou de lado no discurso. Na final da Taça de Portugal de 2004, quando treinava o FC Porto e perdeu para o Benfica, acusava os encarnados de terem “uma Taça a mais, injustamente conquistada”. Agora, quase 20 anos depois, garante que o Benfica tem é uma Taça a menos. Memória seletiva? Estratégia? Jogo psicológico?

O treinador sabe como ninguém usar as palavras para dominar o jogo antes de a bola rolar. É mestre em provocar, em desviar atenções e em pôr árbitros, adeptos e rivais sob pressão. Cada frase sua torna-se manchete. Cada silêncio, um enigma. Mourinho já não precisa de ganhar em campo para ser protagonista — basta falar.

Quando atirou esta nova bomba, muitos viram um plano silencioso para condicionar arbitragens futuras. Outros viram apenas Mourinho a alimentar o ego dos adeptos do Benfica. O que ninguém pode negar é o impacto: conversa viral nas redes sociais, debates acesos, reacções de indignação e de orgulho por todo o país.

Mas isto não é novidade no seu repertório. Em 2004, irritado com a derrota na final da Taça, Mourinho apontava o dedo ao árbitro Lucílio Baptista, dizendo que o Benfica tinha um troféu que não merecia. Hoje, diz o contrário — e fê-lo com a mesma convicção. Contradição? Talvez. Genialidade mediática? Sem dúvida.

No fim, a pergunta fica no ar:

Mourinho acredita mesmo no que diz? Ou acabou de marcar o primeiro golo… sem sequer entrar em campo?

By Paulo

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