O FC Porto de Francesco Farioli começou a temporada 2025/26 em grande estilo, não só pelo registo impressionante de seis vitórias consecutivas no campeonato, mas também por um detalhe que está a fazer toda a diferença: as bolas paradas.

Em apenas seis jornadas, os dragões já somam cinco golos resultantes de cantos, mais do que em cada uma das três últimas temporadas completas. Um feito que comprova o trabalho minucioso realizado no Olival pela equipa técnica portista, com destaque para Lino Godinho, Lucho González e Carlos Pintado, responsáveis por afinar ao pormenor as movimentações e estratégias.

Trabalho de laboratório a render frutos

Contra o Rio Ave, os azuis e brancos voltaram a mostrar o seu poder neste capítulo. Gabri Veiga colocou duas bolas milimétricas na área, aproveitadas por Pablo Rosario e Samu para fazerem o gosto ao pé. A movimentação dos jogadores, a proximidade à pequena área e a forma como bloqueiam a visão do guarda-redes são elementos ensaiados ao detalhe, inspirados em modelos de equipas como o Arsenal.

Segundo Farioli, o segredo não é magia, mas sim dedicação: “É trabalho, nada mais. O mérito vai para os meus adjuntos, que investem muito tempo a preparar estas situações. No futebol moderno, cada bola parada pode decidir um jogo”, destacou o técnico italiano.

Comparação com épocas anteriores

Os números falam por si: nas últimas três épocas, o FC Porto marcou apenas quatro golos de canto em cada temporada. Agora, em apenas seis jornadas, já ultrapassou essa barreira, provando que esta é uma nova arma estratégica que pode ser decisiva nas competições internas e na Liga Europa.

Diferença em relação ao Ajax

Curiosamente, Farioli já explorava este tipo de soluções no Ajax, mas com uma abordagem diferente. Em Amesterdão, a equipa não se agrupava tanto junto à pequena área. No Dragão, a ideia foi aprimorada e ganhou ainda mais eficácia, muito graças à experiência de Lino Godinho, que passou pelo futebol italiano e deixou marca em clubes como o Veneza.

Um trunfo para desbloquear jogos

Numa Liga cada vez mais equilibrada e em que os adversários recorrem a blocos baixos, as bolas paradas ganham peso extra. Para o FC Porto, esta nova arma não só resolve partidas complicadas, como dá confiança a um plantel que parece crescer de semana para semana.

Com seis vitórias em seis jogos e uma eficácia surpreendente nos cantos, fica a sensação de que Farioli encontrou a fórmula perfeita para devolver o FC Porto à rota dos títulos.

By Paulo

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