As eleições no Benfica estão a aquecer e, desta vez, é Nuno Gomes quem vem a público esclarecer a sua posição. O antigo avançado das águias, que vestiu o manto sagrado durante 12 anos, falou abertamente sobre a sua relação com Rui Costa e sobre a decisão de apoiar João Noronha Lopes na corrida à presidência do clube.

Em entrevista exclusiva a A BOLA, Nuno Gomes deixou claro que o seu objetivo é apenas ajudar o Benfica a ser melhor — e não atacar ninguém. “Nada me move contra o Rui. Sou amigo dele, independentemente de nos últimos tempos não termos falado tanto. Ele está no direito de nunca me ter convidado para trabalhar junto dele, assim como eu estou no meu direito de querer ver um Benfica mais forte”, afirmou.

O ex-capitão, que agora integra a lista de Noronha Lopes como vice-presidente para o futebol, confessou-se magoado com as críticas que têm posto em causa a sua competência. “Disseram que eu era inexperiente, mas ninguém foi perguntar a quem me substituiu no Seixal como é que encontrei o projeto ou como era o meu trabalho. Fui diretor da formação, conheço o clube por dentro e quero ajudar a mudar o que não está bem”, sublinhou.

Apesar de estar em lados opostos nestas eleições, Nuno Gomes fez questão de desmentir qualquer tipo de conflito com o atual presidente encarnado.

Surgiu uma notícia de que tinha havido uma chatice entre mim e o Rui e que ele me tinha expulsado do camarote. Não é verdade. Continuo a receber convites para ir à tribuna e nunca tive problema pessoal com o Rui Costa, esclareceu.

Questionado sobre se acredita que o clube sairá unido após o dia 8 de novembro, o ex-internacional português deixou um apelo à união benfiquista:

Espero que, depois das eleições, todos os benfiquistas esqueçam em quem votaram e apoiem o presidente eleito. O Benfica é maior do que todos nós. Peço aos sócios que votem em consciência e com confiança no futuro do clube.

Com estas declarações, Nuno Gomes tenta afastar o rótulo de “opositor” e posiciona-se como um benfiquista que quer contribuir para um novo ciclo no clube. As palavras do antigo número 21 chegam numa altura decisiva, onde a tensão eleitoral cresce, mas a paixão pelo Benfica continua a ser o ponto de união entre todos.

By Paulo

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