Maxi Araújo tornou-se peça-chave no novo sistema de Rui Borges, mas a verdade é que o uruguaio nunca sonhou em ser lateral. Contratado para ser ala no modelo de Rúben Amorim, brilhou também como extremo na seleção de Marcelo Bielsa. No entanto, foi o treinador leonino quem o convenceu a dar um passo atrás no terreno… e o resultado está à vista.
Na vitória difícil em Estoril, Maxi foi eleito por Rui Borges como o melhor em campo. Competitivo, intenso e com energia contagiante, o uruguaio mostrou-se decisivo ao assistir Luis Suárez no golo que garantiu três pontos. “Habituou-nos a um patamar muito alto”, disse o técnico, explicando como transformou o antigo ala num lateral completo.
A mudança não foi simples. O próprio Maxi confessou, em entrevista a A BOLA, que se sente mais confortável como ala ou extremo. Porém, depois da conversa com Rui Borges no início da época, percebeu que poderia ter um papel ainda mais decisivo na defesa. A transição custou, mas agora é indiscutível: o Sporting ganhou um lateral moderno, capaz de equilibrar solidez defensiva e agressividade ofensiva.
Recuperado de lesão, Maxi regressou a tempo de brilhar em jogos importantes. Depois de falhar o clássico com o FC Porto, o teste de fogo chega já frente ao Nápoles, na Liga dos Campeões. Se continuar a render como até aqui, Rui Borges terá transformado um extremo em lateral de elite — e o Sporting num candidato ainda mais perigoso.