Nicolás Otamendi voltou a ser protagonista, mas desta vez longe dos relvados. Após a pesada derrota do Benfica frente ao Newcastle por 3-0, o capitão encarnado recusou falar na zona de entrevistas rápidas, gerando estranheza entre adeptos e imprensa.

Mais tarde, justificou a decisão com um gesto de liderança: precisava de estar com a equipa no balneário. “Depois de uma derrota destas, o mais importante é unir o grupo e comunicar com os meus colegas”, afirmou, esclarecendo que não se tratou de fuga às responsabilidades, mas sim de prioridade ao coletivo. Em campo, o argentino reconheceu que o resultado foi duro, sobretudo depois de uma boa entrada no jogo, com oportunidades claras e uma bola no poste de Lukebakio.

Na Champions, quando estás melhor e sofres, pagas caro”, admitiu. Ainda assim, Otamendi garantiu que a ambição permanece intacta e que o Benfica vai lutar até ao último jogo pela passagem à próxima fase.

 

O capitão deixou também um recado de união ao balneário e aos adeptos: “Somos uma equipa. Quando perdemos, perdemos todos.

Quando ganhamos, ganhamos todos.” O foco, agora, vira-se para a Liga, com um jogo decisivo frente ao Arouca no próximo fim de semana. José Mourinho, por sua vez, já tinha antecipado a ausência de Otamendi na zona rápida, mostrando que a decisão foi combinada e protegida pelo treinador. Este momento revelou não só a tensão no balneário, mas também a nova postura de Mourinho: balneário fechado, grupo blindado e discursos controlados.

O ambiente está mais sério do que nunca — e os adeptos sentem que algo está a mudar por dentro. A questão que fica é simples: este silêncio de liderança vai unir o Benfica… ou é o sinal de que a pressão está a atingir o limite?

By Paulo

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