A pressão dos adeptos do FC Porto fez-se ouvir bem alto após as últimas exibições cinzentas da equipa. O meio-campo tem sido alvo das maiores críticas, com muitos portistas a apontarem a falta de criatividade, ritmo e capacidade de desequilíbrio no último passe. Davide Farioli, que nas últimas jornadas optou por deixar Gabri Veiga no banco para apostar num setor mais físico com Nico González e Alan Varela, acabou por recuar na decisão depois de nova onda de contestação.
A gota de água foi o empate (ou derrota, ajustar conforme o resultado real) frente ao [adversário da última jornada], onde o FC Porto voltou a demonstrar dificuldades em assumir o jogo com bola. Nas redes sociais e nos programas de opinião, os adeptos foram claros: “Sem Gabri Veiga, não há magia”. Muitos acusaram Farioli de “tirar o cérebro da equipa” ao abdicar do jovem médio espanhol, um dos jogadores mais talentosos e criativos do plantel.
Perante a contestação crescente, o treinador italiano decidiu devolver Gabri Veiga ao onze inicial, reposicionando-o como médio mais adiantado, capaz de ligar o meio-campo ao ataque. Com esta alteração, Farioli deixa de apostar num trio apenas de contenção e volta a privilegiar o toque curto, a visão de jogo e a chegada à área. A ideia é clara: recuperar a posse com critério, acelerar com qualidade e dar novamente imprevisibilidade ao futebol portista.
Nos treinos, Gabri Veiga tem sido destaque, mostrando confiança, intensidade e vontade de agarrar a titularidade. Internamente, o grupo também reconhece que o espanhol pode ser peça-chave para desbloquear jogos mais fechados, especialmente com Veron, Galeno e Evanilson à frente, a beneficiarem das suas assistências e passes entre linhas.
A aposta de Farioli significa uma mudança de rumo — e um sinal claro de que o balneário e os adeptos não estão dispostos a aceitar um Porto sem alma nem criatividade. Agora, a bola está do lado de Gabri Veiga: provar dentro de campo aquilo que os portistas gritam fora dele — que o FC Porto joga melhor quando ele está lá.