O Sporting chega aos Açores com uma missão clara: manter viva a perseguição ao líder FC Porto e evitar os deslizes que, em outras ocasiões, já custaram caro após noites europeias. Rui Borges sabe disso — e não deixou o balneário indiferente antes do duelo frente ao Santa Clara.
Depois do empate (1-1) em Turim diante da Juventus, o treinador leonino reconhece que a equipa precisa mudar rapidamente o chip e voltar a pensar em “modo campeonato”. Em declarações internas, Rui Borges fez questão de deixar uma mensagem firme: “Não podemos relaxar. Cada ponto agora vale ouro e não há margem para erros.”
A preocupação do técnico é legítima. Desde que assumiu o comando dos leões, já foram três deslizes nos jogos seguintes à Liga dos Campeões, e o treinador quer evitar que a história se repita nos Açores. O próprio Rui Borges usou o exemplo da derrota em Nápoles, seguida de um empate em Alvalade frente ao SC Braga, para alertar os jogadores sobre os perigos da desconcentração.
O Santa Clara é uma equipa difícil, especialmente a jogar em casa. Rui Borges reconheceu o mérito do adversário e sublinhou que espera um jogo de enorme intensidade. “Jogar nos Açores é sempre complicado. O Santa Clara tem uma equipa organizada e motivada. Temos de estar concentrados do primeiro ao último minuto”, frisou.
Além do foco coletivo, o técnico leonino mostrou-se confiante na resposta individual de jogadores como João Simões, Quenda e Diomande, que têm crescido e estão na porta da seleção nacional. O regresso de Nuno Santos, cada vez mais próximo, também é visto como um fator motivacional para o grupo.
Agora, a ordem em Alvalade é clara: vencer e continuar a pressionar o FC Porto. Rui Borges quer um Sporting determinado, disciplinado e sem espaço para distrações.
A mensagem foi passada — e os leões sabem que a luta pelo título não admite vacilos.