Rui Borges está a preparar uma autêntica revolução no plantel, numa das fases mais decisivas da temporada. O treinador sabe que já não há margem para erros e quer apresentar uma equipa totalmente diferente, mais agressiva, mais intensa e, sobretudo, mais determinada a conquistar resultados. As mudanças não são apenas táticas, mas também mentais. Vários jogadores que eram titulares indiscutíveis podem perder o lugar, enquanto outros que estavam afastados dos planos voltaram a ganhar oportunidades nos treinos dos últimos dias.
Fontes próximas do balneário garantem que Rui Borges tem estado a testar novas ideias e combinações surpreendentes. Há ajustes previstos no meio-campo, na linha defensiva e até na baliza, com o técnico a querer premiar quem demonstra mais compromisso e deixar de lado nomes que vivem do estatuto. O objetivo é claro: colocar em campo um grupo capaz de pressionar alto, recuperar rápido a bola e não tremer nos momentos de maior responsabilidade.
O ambiente interno sofreu um abalo, mas no bom sentido. A competição aumentou e os jogadores perceberam que ninguém tem lugar garantido. Quem estiver melhor joga, independentemente do nome que tiver nas costas. Esta mudança de postura já se nota nos treinos, onde a intensidade subiu e os duelos são disputados como se fosse dia de jogo. Rui Borges acredita que só com esta mentalidade a equipa poderá reagir e voltar a mostrar a alma que os adeptos exigem.
Nos bastidores, a direção está informada e apoia por completo esta viragem. O clube entende que é o momento de arriscar, de romper com a rotina e de dar um sinal claro de ambição. A aposta pode causar polémica, mas também pode ser o ponto de viragem de uma época que ainda pode terminar com sucesso. Os adeptos já começam a sentir esta mudança de energia e aguardam com expectativa o próximo jogo, onde se verá se esta revolução será apenas teoria ou se vai mesmo mexer com a equipa dentro das quatro linhas.