A “segunda versão” do Sporting de Rui Borges está a entusiasmar os adeptos leoninos — e os números não deixam dúvidas. Com um novo modelo tático e uma filosofia de ataque mais ousada, os leões estão a viver uma das fases mais produtivas dos últimos anos. O treinador abandonou o 3x4x3 da época passada e apostou num 4x2x3x1 mais solto, criativo e imprevisível, que transformou o jogo ofensivo da equipa.
Em apenas 15 jogos oficiais nesta temporada, o Sporting já marcou 38 golos, com uma impressionante média de 2,53 por jogo, superando claramente os registos da época anterior. O mais surpreendente? Esta nova versão goleadora surgiu sem Viktor Gyokeres, o homem que parecia insubstituível.
Mas Rui Borges mostrou que o leão não depende de um só rugido. Com Luís Suárez e Fotis Ioannidis na frente, o Sporting manteve o seu poder de fogo e até o aumentou. O colombiano já soma oito golos, afirmando-se como a principal referência no ataque, enquanto o grego tem sido essencial nas movimentações e assistências — três golos e três passes decisivos até agora.
São dois grandes jogadores e felizmente temos os dois do nosso lado, disse Rui Borges, sublinhando o equilíbrio entre o poder físico de Suárez e a mobilidade de Ioannidis.
Além disso, o treinador leonino conseguiu espalhar o golo por todo o plantel: 11 jogadores diferentes já marcaram esta época, entre eles Pedro Gonçalves, Trincão, Quenda, Blopa e Hjulmand. O futebol ofensivo tornou-se mais coletivo, mais dinâmico e mais difícil de travar.
E se há um jogador que simboliza esta nova fase, é Pedro Gonçalves. Voltou a ser decisivo e está novamente a jogar com alegria e liberdade. Já leva sete golos nesta temporada e parece pronto para desafiar os números da sua época de ouro, quando foi o melhor marcador da Liga em 2020/21.
Com esta metamorfose tática, Rui Borges não só provou que o Sporting pode vencer sem Gyokeres — como mostrou que os leões podem rugir ainda mais alto. A nova versão de Alvalade é ofensiva, intensa e letal.
O Sporting de Rui Borges não é apenas um leão diferente. É um leão mais perigoso do que nunca.