O Sporting tem dado muito que falar nas últimas jornadas da Liga. Não apenas pelos resultados em campo, mas pela forma como tem sabido valorizar o que muitos dizem estar em risco no futebol português: os jogadores nacionais.
Enquanto a maioria dos clubes aposta cada vez mais em estrangeiros, os leões de Rui Borges têm seguido o caminho oposto. Nas últimas duas jornadas, frente ao Famalicão e ao Moreirense, o Sporting apresentou seis jogadores portugueses no onze inicial, número que o destaca claramente da concorrência. Mais do que isso, são atletas decisivos – Trincão e Pedro Gonçalves, por exemplo, já somam juntos 10 golos esta época.
Os números não enganam: dos 22 golos leoninos em todas as competições, 13 tiveram selo português. Uma marca impressionante que reforça o rótulo de “Clube de Portugal”. E se o panorama geral mostra sinais preocupantes – apenas 51 portugueses em 198 titulares na última jornada da Liga – Alvalade vai contra a maré e mostra que é possível apostar no talento nacional sem perder competitividade.
Rui Borges herdou esta filosofia de Ruben Amorim, mas tem sabido dar-lhe continuidade. Com um plantel equilibrado, mas recheado de jogadores da formação, o Sporting não só lidera no campo como também dá um exemplo de identidade e futuro para o futebol português.
A pergunta impõe-se: será este o verdadeiro segredo da força leonina nesta temporada?