O Sporting voltou a destacar-se fora das quatro linhas — desta vez pela forma exemplar como conduziu a transferência de Ricardo Mangas. Enquanto o Benfica enfrenta turbulência com o chamado “caso Conti”, que poderá levar Rui Costa a ser constituído arguido, os leões mostram que fizeram tudo “by the book” numa operação semelhante.
No centro da polémica está uma transferência de 76 mil euros proveniente do Lokomotiv Moscovo, clube controlado pelo Estado russo, que terá violado as sanções impostas pela União Europeia. Já em Alvalade, a direção leonina não quis correr riscos e tratou de garantir que tudo estava legal antes de concluir o negócio com o Spartak Moscovo.
O Sporting pagou 300 mil euros pelo passe de Ricardo Mangas, valor que pode chegar a 1 milhão com bónus, mas só depois de realizar uma ‘due diligence’ rigorosa. O clube recorreu a duas entidades externas especializadas — uma portuguesa e outra estrangeira — para avaliar a operação e recebeu parecer favorável antes de transferir qualquer valor.
Além disso, o Spartak Moscovo, ao contrário do Lokomotiv, não é detido pelo Estado russo, sendo controlado pela empresa petrolífera Lukoil, o que afasta qualquer ligação direta a sanções internacionais.