O FC Porto voltou a fazer tremer o futebol português – mas desta vez fora das quatro linhas. O Conselho de Disciplina da Federação Portuguesa de Futebol decidiu arquivar por completo o processo disciplinar contra André Villas-Boas, e a reação entre adeptos portistas foi explosiva.
Afinal, esta decisão foi vista como uma autêntica chapada sem mãos em Sporting e Benfica, que tinham pressionado o órgão disciplinar após as declarações do presidente azul e branco na gala Portugal Football Globes.
Recorde-se que, na altura, Villas-Boas disparou em várias direções: criticou intensamente a arbitragem após o clássico com o Benfica, apontou o dedo a Rui Costa e Frederico Varandas e ainda lançou a célebre farpa do “Calimero do ano”. As palavras geraram polémica, participação formal do Sporting e uma onda de indignação entre os rivais. Mas no fim… nada feito.
CD reconhece: AVB estava no seu direito
O acórdão agora conhecido é claro: a acusação foi considerada totalmente improcedente.
Segundo o Conselho de Disciplina, as declarações de Villas-Boas foram feitas num contexto de “debate público desportivo”, onde existe uma margem mais ampla para crítica, especialmente quando dirigida a outros dirigentes com grande exposição mediática.
Mais ainda, embora o CD admita que o discurso poderia ter sido “mais elegante”, sublinha que expressões como “coação” ou “Calimero do ano” não configuram infração disciplinar.
Ou seja, na prática, o líder do FC Porto não fez nada que justificasse punição.
Portistas festejam – rivais engolem em seco
A decisão caiu como uma bomba nas redes sociais. Do lado dos portistas, a leitura é clara:
- Justiça foi feita.
- Villas-Boas fala verdade, doa a quem doer.
- Sporting e Benfica quiseram calá-lo e acabaram humilhados.
Entre os rivais, o silêncio tem sido pesado. Afinal, depois da pressão que exerceram, o arquivamento é visto como uma derrota institucional.
AVB reforça autoridade e sai mais forte
Esta decisão acaba por reforçar a posição e o discurso combativo de André Villas-Boas, que continua a afirmar que o FC Porto luta contra “dois pesos e duas medidas” no futebol português.
Com o processo encerrado, o presidente dos dragões volta a ganhar terreno no frente-a-frente mediático com Varandas e Rui Costa – e isso agradou, e muito, aos adeptos portistas.
No final do dia, o que fica é simples:
Villas-Boas saiu ileso, saiu por cima e deixou Sporting e Benfica a lidar com mais uma derrota fora do campo.
Uma decisão que promete incendiar ainda mais a rivalidade e dar força ao discurso de “resistência” que o FC Porto tem assumido esta época.